Cesárea x Normal: por que virou guerra?

O objetivo deste post não é falar sobre os benefícios ou malefícios de um ou outro tipo de parto, até porque existem N estudos que apoiam ou criticam ambos. Já vimos crianças nascerem e morrerem por meio dos dois. E parturientes também. O que me intriga, de verdade, é ver a guerra entre mães em torno do tema. É fato que ficamos mais competitivas depois que depois da maternidade, isso é natural, apesar de chato e desnecessário.
O tão clichê comportamento humano de querer interferir nas decisões individuais do próximo está presente nesta situação. Funciona assim: se eu acho que algo é melhor para mim, eu acho que também é melhor para você e todas as outras pessoas. Mas, calma lá. Existem variáveis e adversidades. No popular, “cada caso é um caso”.
E mesmo que todas as situações fossem iguais, ainda assim, o respeito pelo que o outro escolheu deveria prevalecer. Mas tudo o que escutamos (e proferimos) é:
“Vai marcar cesárea? Por que? Faça o parto natural, o próprio nome já diz, NA-TU-RAL”
“Vai fazer parto normal? Nossa, mas hoje em dia temos tanta tecnologia para não ter que passar por isso… marca uma data, muito mais confortável!”
Eu já ouvi a primeira fala durante a minha gravidez. E já disse a segunda para outras mães. Hoje me policio, porque quando se intrometeram na minha escolha, considerei desgastante e invasivo.
Não, você não é melhor ou pior porque escolheu passar pelas dores do parto. E nem eu sou melhor nem pior porque tenho pavor de dor e sim, farei de tudo para não precisar senti-la.
E essa guerrinha de egos existe justamente por duas simples premissas:
1: Achamos que somos melhores do que o outro;
2: Não aprendemos o que é o respeito.
  E isso não vai acabar. Existem inúmeros grupos na internet que criticam as mães e suas escolhas. Eu sou apenas uma voz no meio de incontáveis que querem intriga, tentando dizer “vamos nos respeitar, por favor, cada um sabe a dor e a delícia das suas escolhas e ninguém tem nada a ver com isso”. Será que um dia alguém me escuta?

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